quinta-feira, 4 de abril de 2013

Instabilidade dos fundos de previdência em fevereiro

Em fevereiro, houve a ruptura nas expectativas sobre a manutenção dos juros no Brasil. Isso justifica a patinada que aconteceu nos fundos de previdência no mês. Essa queda inesperada aconteceu quando os fundos de investimento mostravam suas melhores marcas, e justamente os fundos que vinham de maior alta, foram os que sofreram maior queda no mês, mas nada que prejudicará o balanço positivo, principalmente nos fundos a longo prazo.

 O grande problema das cadernetas e fundos de previdência foi a taxa de juros. E com a queda da inflação em 2013, os investidores devem ficar atentos, pois os papéis mais curtos tendem a ficar na zona de neutralidade: serão beneficiados com a curva dos juros nominais menos volátil, mas prejudicados pela possível queda da inflação esperada de curto prazo.

 Os especialistas afirmam veementemente que não é hora de desanimar e é preciso investir. O pessimismo de fevereiro dificilmente irá se repetir durante os próximos meses e a maré, como um todo, é favorável para o brasileiro que deseja investir em fundos de pouco risco.

 William Eid Junior, professor da FGV-EAESP, afirma que o atual momento requer do investidor uma certa tolerância ao risco. Ele diz que o investidor não encontrará opções melhores em outros fundos de investimento, mas caso esse seja o desejo, Eid reforça a necessidade de análise consistente de resultados. "Para avaliar a qualidade da gestão, não basta comparar o retorno acumulado em um período longo, porque o gestor pode ter conseguido um resultado excepcional em um determinado ano que acabou compensando as perdas nos outros períodos", afirma o professor.

 De modo geral, os títulos mais longos não vão gerar perdas, pois essa queda momentânea tende a ser suprida por ganhos posteriores e passados.


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