terça-feira, 30 de abril de 2013

Projeto da FGV-EAESP reúne casos de inovação ligados à sustentabilidade

O Centro de Estudo em Sustentabilidade (GVces) da FGV-EAESP, em parceria com outras entidades, dá início ao circuito de 2013 do projeto Inovação e Sustentabilidade na Cadeia de Valor


A ideia do projeto é reunir donos de empresas dos mais diversos meios e tamanhos e promover a sustentabilidade dentro da cadeia produtiva dessas companhias. O tema central das discussões desse ano gira em torno dos resíduos pós-consumo e como essas empresas podem colaborar para melhorar esse processo, além de reduzir custos e riscos, gerar maior eficiência na cadeia e no uso de recursos.

 A primeira oficina do projeto aconteceu em março, e os 12 representantes de grandes empresas discutiram sobre o tema central de resíduos e pós- consumo. Além deste encontro, o projeto contará com mais duas oficinas, que abordarão temas como gestão de resíduos, logística reversa, Política Nacional de Resíduos Sólidos, ecologia industrial e inclusão social, além de aprofundar o tema do ciclo 2012 - Gestão de Fornecedores.

Ao final do projeto, as melhores ideias e casos de inovação que se destacaram durante o decorrer dos encontros e oficinas serão selecionados por uma equipe de especialistas do GVces e, então, publicados no site do projeto, além de fazerem parte do banco de dados do projeto, sendo detalhados em uma publicação anual, que será lançada no fórum de encerramento do ciclo de 2013.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Ibovespa completa 45 anos com mesmas dúvidas de décadas passadas

Desde sua criação, em 1968, pelo engenheiro e economista Mário Henrique Simonsen, na época assessor do ministro do Planejamento, Roberto Campos, o índice Ibovespa gera controvérsias. Em 1993, quando o índice comemorou 25 anos, o professor Hélio de Paula Leite, da Fundação Getulio Vargas, foi um dos convidados pela Bovespa para escrever um livro sobre a história do índice, e ele já foi interrogado sobre a criação de um novo índice. Hoje, 20 anos depois, a pergunta continua divagando entre conversas de economistas, estudiosos e membros envolvidos na bolsa de valores, mas ainda sem resposta definitiva.

Isso porque o índice atual, utilizado no pregão brasileiro, continua o mesmo desde quando foi criado, em 68. Ele é baseado no volume financeiro e na quantidade de negócios das ações. O índice é atualizado a cada quatro meses, e estudos recentes afirmam que ele cumpre bem a tarefa de representar o mercado de ações brasileiro. Mas, por outro lado, em alguns critérios ele deixa a desejar. Por exemplo, o desempenho do índice em relação ao PIB é superior a 34% negativo, e o número de empresas listadas apresenta defasagem. Nenhuma empresa do setor automobilístico se encontra no pregão, nem no Ibovespa. O professor William Eid Jr., do Centro de Estudos em Finanças da FGV-EAESP, destaca quatro aspectos importantes para se ter um bom índice: relevância (deve refletir os mercados ativos e de interesse), abrangência (deve incluir oportunidades disponíveis em condições normais de mercado), replicabilidade (os participantes devem poder imitar a composição do índice, adquirindo ações diretamente) e perfil de investimento bem definidos e informados com clareza.

 A ideia de um novo índice ou revisão do Ibovespa circula com força no mercado de capitais. A solução para especialistas é aumentar a participação do PIB nos critérios do valor das ações e diminuir o peso de empresas como Vale e Petrobras.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Universalização do acesso à água é lenta demais

Em pleno século XXI, ainda temos cenas lamentáveis de famílias que não possuem acesso a tratamento de água. A estimativa é que cerca de 70 milhões de pessoas descartem seu esgoto em rios, sem nenhum tipo de tratamento. Isso é uma situação crítica para um país que se estima ter cerca de 40 milhões de litros de água doce por habitante, e onde apenas 30% da população têm acesso a isso.

Os especialistas dizem que o problema é crônico e está atingindo o país por diversos motivos. No sul do Brasil, existe uma demanda alta por parte da irrigação das plantações de arroz, que passam dos dois milhões de hectares plantados. A Grande São Paulo usa 430% mais água do que a capacidade dos reservatórios da região, por seu grande número de pessoas. Já Rio de Janeiro e Belo Horizonte sofrem com a ineficiência de seus sistemas de abastecimento, sem contar o drama que vive o Nordeste. "O problema da água no Brasil não é só a seca. É mais um problema de gestão do que fenômeno físico", afirma Gesner Oliveira, professor de economia da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP).

O governo trabalha no plano de universalização do acesso à água em todo o país, mas o projeto caminha em passos lentos. Ainda que haja efetividade na extensão da rede de esgoto, muitas vezes, existem perdas que agravam o problema. Vazamentos, ligações irregulares, falta de hidrômetros ou calibragem podem significar 38% de perda em todo o país. No Amapá, as perdas chegam a 74%. Alagoas 66%. São Paulo tem 32,6%. A menor é no Mato Grosso, com 19,7%, mesmo assim um número elevado. Mas ainda que esses problemas sejam resolvidos, existem áreas com muita defasagem de tratamento de esgoto digno para as famílias. Apenas o estado de São Paulo e o Distrito Federal possuem uma cobertura de esgoto superior a 90% da região. Maranhão, Pará, Rondônia e Acre, por exemplo, têm entre 40% e 60%. O Amapá tem menos de 40%.


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Empregadas domésticas reconhecidas

A decisão do Senado, no final do mês passado, de enquadrar as empregadas domésticas nos mesmos direitos dos demais trabalhadores trará diversas mudanças para a relação entre patrões e domésticas. Isso porque, com as novas leis, as empregadas ficarão ainda mais caras, uma vez que os patrões deverão pagar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), algo que deve subir o preço dessas profissionais em uma média de 8%. Com essa nova fonte de arrecadação, o fundo do FGTS deve arrecadar algo em torno de R$5,5 bilhões por ano a mais.

Segundo William Eid Junior, professor da FGV-EAESP, a mudança na lei não altera, em grande parte, a posição das domésticas quanto ao mercado. “Não basta apenas mudar a lei para garantir a transformação de uma cultura arraigada”. Boa parte das domésticas vai continuar na informalidade pois a relação não é puramente empregatícia, mas também afetuosa”. Existem ainda as domésticas que podem se sentir acuadas a pedir a regularização de sua situação, por medo de perder o emprego. Outra possibilidade é o caso das empregadas que dormem no serviço, algo que pode gerar dúvidas sobre o pagamento das horas extras. “Muitas famílias poderão preferir dispensar a doméstica e contratar diaristas, ou mesmo passar a viver sem empregada”, complementou o professor, focando que é um risco que se corre com essa nova iniciativa.

A expectativa é que as domésticas fiquem cada vez mais caras e escassas com esse novo enquadramento na lei, mas, em contrapartida, aquelas que vivem da profissão serão recompensadas com o tratamento e reconhecimento digno que qualquer profissional merece, independente de sua área de atuação.


quarta-feira, 24 de abril de 2013

Planilhas indispensáveis para empresas

O empreendedor precisa se organizar. Cuidar de uma empresa que possui fornecedores, clientes, base de dados, estoque, caixa, entre outros quesitos, requer organização. Uma maneira simples, porém eficaz de não se perder entre tantos números e dados, é gerenciar tudo em planilhas. “O que a gente vê na pratica é que a maioria das empresas não tem controle nenhum do que está acontecendo”, afirma Tales Andreassi, professor da FGV-EAESP. Veja uma lista com algumas planilhas essenciais para não perder o controle do que está acontecendo na sua empresa.

Planilha de vendas

Existem softwares prontos que fazem esse serviço, mas o pequeno empresário não precisa gastar um valor alto para isso, no princípio, e pode ele mesmo fazer sua planilha. “Assim, você pode descobrir a sazonalidade do seu negócio”, afirma Andreassi. A planilha de vendas deve ter colunas com o número de venda, a data, o valor da venda, número de itens e o nome do vendedor.

Planilha de controle de caixa

Esta planilha é muito importante, pois a negligência no controle de caixa é o motivo da falência de muitas empresas. Sempre controle diariamente os lançamentos da empresa, entradas e saídas. A primeira coluna deve ter os custos fixos para facilitar o controle e não se esquecer de pagar nada. 

Planilha de funcionários

Serve para controle de equipe. Nela, constam dados como vendas, metas e setor onde o funcionário atua, controlando dados como queda nas vendas de algum funcionário, ou até mesmo no rendimento.

Controle de estoque e compras

Esta é uma planilha que é muito importante e, dependendo da demanda da empresa, pode salvar a corporação do fracasso. É indispensável para quem trabalha com produtos, ainda mais se o mix for grande. A planilha precisa ter as seguintes colunas: pedidos, pedidos cancelados, status da entrega, quantidade em estoque e vendas. Esse controle é importante para não haver ruptura, além de controlar as vendas da empresa e apontar os produtos mais procurados.

Planilha de pagamentos e recebimentos

Serve para controlar o caixa com mais precisão e ter um panorama melhor da situação da empresa nos próximos meses. Com ela, é possível analisar quando a empresa terá mais dinheiro em caixa para investir e se há cobranças a fazer, por exemplo.




terça-feira, 23 de abril de 2013

Protecionismo atrapalha crescimento da indústria

O Brasil vive um dos seus melhores momentos, economicamente falando. Milhões de pessoas deixaram a linha da pobreza, outros milhões entraram na classe C; nunca houve tantos novos ricos e as marcas estrangeiras voltam seus olhos para o país como nunca fizeram antes. Mas, mesmo em meio a todo esse novo cenário positivo, ainda vemos velhos problemas assolando o mercado e o consumidor brasileiro: os altos preços.

Se o mercado está aquecido e as pessoas adquiriram poder de compra (e estão comprando), por que os preços continuam tão altos? A resposta é o excesso de protecionismo que cerca a indústria brasileira. Os produtos brasileiros são duas ou até três vezes mais caros em comparação aos produtos nacionais dos Estados Unidos, Europa e até no México (que vive em uma situação econômica e industrial muito semelhante à nossa). Isso porque a indústria e os comerciantes brasileiros não competem com outros países, e os tributos alfandegários são muito altos e impedem que os produtos importados tenham preços competitivos. Muitas vezes, quando uma marca instala fábricas no Brasil para reduzir gastos com importação, os preços acabam não baixando mesmo assim.

Como não existe competição justa, as indústrias e comerciantes veem um campo fértil a ser aproveitado, e o governo continua cedendo à pressão deles. As montadoras reclamaram e o IPI caiu novamente, além do governo ter subido substancialmente o imposto de carros chineses e coreanos. Essa é uma estratégia que aleija a indústria nacional e estanca a busca por inovação. Além disso, as indústrias brasileiras, ao contrário do que acontece em todo o restante do mundo, estão acostumadas com altas margens de lucro e baixa produção. “Não é imposto”, afirma o tributarista Fernando Zilvetti, da FGV-EAESP. “Ninguém aqui abre margem. Lucro deve ser obtido com base na produtividade, em uma margem com escala”.

Como já foi falado aqui no blog da EAESP (que você pode ver pelo link http://fgv-eaesp.blogspot.com.br/2013/03/demanda-sob- oferta.html), não adianta tentar incentivar demanda se a oferta não está adequada com a realidade do país.


Graça Foster, presidente da Petrobras, realiza palestra na FGVEAESP


No último sábado (20/04), os alunos da FGV-EAESP tiveram o prazer de acompanhar a palestra da presidente da Petrobras e ex-aluna da Fundação, Maria da Graça Foster, que aproveitou para discutir as questões energéticas no Brasil, além da política de alianças externas da empresa, a matriz energética do Brasil e do mundo e o pré-sal.

A palestra correu de maneira agradável e descontraída, com a presença da diretora da EAESP, Maria Tereza Leme Fleury, que aproveitou a ocasião e a presença tão nobre de Graça Foster para lançar a edição da revista GVexecutivo, que fala justamente sobre a ascensão das mulheres no mercado de trabalho. 

Na palestra da presidente Foster, muito se falou sobre matriz energética. Com uma das matrizes mais balanceadas do mundo, o Brasil se destaca na utilização de fontes de energia renováveis. Cerca de 47% da energia consumida no país vem dessas fontes, principalmente hídricas e do etanol. Quando questionada sobre a relação entre a Petrobras e o etanol, a presidente foi enfática ao dizer que o recurso ainda faz e fará parte dos planos da empresa, e que a Petrobras continuará investindo em etanol. “Eu gosto muito mais de etanol do que de gasolina. O Brasil tem tudo a ver com etanol e o etanol tem tudo a ver com o Brasil”, relatou.

Foster afirmou que a Petrobras estima que 50% de sua produção seja de origem do pré-sal, até 2020, e insiste em dizer que o pré-sal é, sim, uma realidade. Com ele, a empresa busca crescimento entre as maiores produtoras de petróleo do mundo, pois os gráficos das previsões mostram uma vertiginosa queda na produção em relação à demanda, que continua a crescer. Para atender essa demanda mundial, os previsores apostam em quatro países produtores: EUA, Iraque, Canadá e o próprio Brasil, com o pré-sal. Por isso, a presidente é categórica ao afirmar sobre a posição da Petrobras nesse cenário: “A prioridade da Petrobras é produzir petróleo, depois vem refinaria e geração de energia”, afirmou, estimando um investimento de US$147 bilhões em produção de petróleo, nos próximos 5 anos.


Depois da palestra, em um bate-papo um pouco mais descontraído, a presidente respondeu a algumas perguntas vindas da plateia, formada por alunos, professores e convidados da FGV-EAESP. Pré-sal e as alianças externas da Petrobras foram os assuntos preferidos dos convidados, mas sobrou espaço para falar sobre a importância da figura feminina dirigindo a maior estatal do país. Sobre tal assunto, Graça respondeu de maneira bem humorada, mas também incisiva: “Não importa se [a pessoa] é homem ou mulher; [ela] precisa ser eficiente naquilo que faz”.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Unindo experiência e juventude

O brasileiro está envelhecendo. É um fenômeno natural, causado pelo aumento do custo de vida, queda na taxa de natalidade e aumento da expectativa de vida. Os reflexos desse fenômeno já começam a ser sentidos dentro das empresas, onde os profissionais mais jovens e mais velhos podem trocar experiências. Com isso, as companhias começam a perceber a importância de ter profissionais mais velhos e experientes com o mercado em seu staff. Além de partilhar dessa experiência com os mais jovens, eles são mais precisos no momento de tomar decisões e resolver problemas.

 Muito se espera dos jovens hoje em dia, em pesquisa feita pela consultoria PwC, junto à Escola de Administração de Empresas São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP), constatou-se que os profissionais mais velhos possuem seu espaço cativo e sua importância no funcionamento da empresa. Veja alguns números do estudo. 

Para 94% das empresas, os conhecimentos trazidos pelos profissionais mais velhos são os principais benefícios de contratar esse perfil de profissional. Embora esse reconhecimento seja valioso, 63% dessas empresas preferem os mais jovens, por acharem que os mais velhos estão acomodados com a proximidade da aposentadoria.

 A pesquisa ainda demonstrou outros aspectos positivos na contratação de profissionais mais velhos pelas empresas. 96% acreditam que os mais velhos possuem maior equilíbrio emocional e 86% acreditam que eles estão mais capacitados a resolver problemas. Entretanto, 89% não possuem nenhum modelo de carreira que permita absorver esses benefícios. O que fica de aprendizado, tanto para os mais jovens, como para os velhos, é que não se deve ficar parado, buscar conhecimento é sempre uma regra, não importando a idade, experiência ou feitos realizados anteriormente.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

O que é e como funciona a sustentabilidade empresarial?

Nos dias de hoje, um dos assuntos que não sai de cena é a sustentabilidade. Empresas e instituições falam disso a todo o momento e comerciais de TV também focam muito no tema. E dentro desse assunto, surge um conceito não tão novo, chamado sustentabilidade empresarial. E o que vem a ser ela exatamente?

 Segundo o professor Mário Monzoni, do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV-EAESP, a sustentabilidade empresarial surge “quando falamos em desenvolvimento, que tipos de desenvolvimento nós queremos e o quanto de qualidade de vida nós vamos deixar para as próximas gerações”. A partir daí, surgem as questões de como as empresas podem ajudar a garantir esse futuro e o conceito de desenvolvimento sustentável.

 “No século XXI, a complexidade do ambiente de negócios faz com que as empresas tenham que se preocupar, sim, com o retorno sobre o capital, mas também tenham que olhar as questões sociais e ambientais, para garantir a sua permanência no futuro”, disse Monzoni. Para o professor, a excelência na relação da empresa com o meio ambiente pode significar maior probabilidade de sobrevivência no futuro. “E ao fazer isso, ela está contribuindo para uma coisa muito maior que é o desenvolvimento sustentável”, afirma o professor Monzoni.

 Em um futuro certo, as empresas que não tiverem olhar criterioso para o meio ambiente, comunidade, clientes, fornecedores e os próprios funcionários, não terão espaço para existir, e embora esse tema não seja muito bem explorado aqui no Brasil, a realidade está mudando aos poucos.

 O principal entrave é a aceitação do consumidor em pagar por externalidades, embora a realidade seja um pouco diferente, conforme explica Monzoni: “A gente costuma dizer que não são os produtos sustentáveis que são caros, os insustentáveis é que são baratos, à medida em que eles se subisidiam tanto de questões sociais quanto de questões ambientais para conseguir se tornarem competitivos”, concluiu o professor.



quinta-feira, 18 de abril de 2013

Empréstimos duvidosos diminuem lucratividade dos bancos

Os bancos brasileiros ainda estão em estado de alerta, por mais que a economia tenha entrado na linha e a inadimplência tenha voltado às taxas consideradas normais na economia. Quem comenta o caso é o especialista em economia da FGV-EAESP, Fabio Gallo: “A inadimplência parece ter voltado à normalidade, mas ainda não há certeza de que essa queda seja consistente na economia. Nem todos os números indicam isso, em uma economia como a nossa”.

 Em meio a esse cenário é possível destacar que, apesar das taxas de inadimplência terem caído e a economia esteja girando, os riscos não estão erradicados, pois houve a expansão do crédito em 2009/2010, que permitiu manter a economia aquecida. “Existe uma questão temporal. Quem comprou carro em 60 meses naquela época ainda está no meio do percurso e, em algum momento, pode não dar mais conta de arcar com o financiamento”, explica Gallo.

 Com todo o receio por parte dos bancos, seus lucros não têm sofrido queda, mas se mantido estáveis nos últimos dois anos, um resultado desfavorável para esse setor, ainda mais com a economia indo bem no país. Para se prevenir de empréstimos duvidosos, os bancos têm resguardado provisões no valor médio de 6,2% do total emprestado por essas instituições. Com isso o lucro dessas empresas fica comprometido. “Os balanços recentes dos bancos vieram piores justamente porque tiveram que reforçar as provisões”, afirma o professor. Esse é um problema da economia como um todo, e tal problema resguarda vários setores da economia. “A inadimplência compensa e, em alguns casos, até anula o efeito positivo da queda dos juros básicos nas linhas de crédito”, conclui o docente.



quarta-feira, 17 de abril de 2013

Projetos Sociais em evidência

Com os projetos sociais em ascensão, as organizações começam a investir cada vez mais nesses tipos de projetos com o intuito de garantir a permanência delas no mercado. Um exemplo de sucesso é a agência de publicidade Oh! Brasil que desenvolveu um projeto social voltado para crianças, que pretendia conscientizar os futuros jovens brasileiros desde cedo sobre a questão da importância de cuidar bem do meio ambiente, para uma campanha que seria apresentada a um cliente. O cliente declinou a proposta, mas os sócios da agência não desistiram da ideia. Eles acreditaram no projeto e decidiram investir nele como uma marca da agência. 

O Recicla Kids pretende incentivar a reciclagem nos pequeninos através de um grupo de super-heróis temáticos. Logo que o projeto ganhou corpo, a procura por ele foi tão grande que os sócios tiveram que desvincular ele da agência. Assim, o Recicla Kids ganhou CNPJ próprio, uma equipe independente e diversas propostas de parceria, inclusive uma linha de produtos está a caminho para rentabilizar o projeto.

O desafio dos sócios agora é justamente esse. Como aconteceu muito investimento, eles precisam de retorno, e estão negociando programas de televisão, softwares educativos, jogos e aplicativos para SmarTV. Os sócios acreditam que não precisam abrir mão da essência do projeto - a responsabilidade social - para que ele possa se sustentar e gerar retorno. Marcelo Aidar, coordenador-adjunto do Centro de Estudos em Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-EAESP, comenta sobre como capitalizar projetos sociais. "Essas ações têm um custo, mas aumentam as chances de a empresa permanecer no mercado em longo prazo. Se ela atende à legislação, se preocupa com a comunidade em que está inserida e promove melhorias, ela consegue mais financiamentos, mais apoio do governo e da comunidade. Sem contar que as pessoas gostam de trabalhar em empresas assim", afirma Aidar.




terça-feira, 16 de abril de 2013

O universo do neologismo no mercado de trabalho

Quem nunca ouviu termos como “briefing”, “colaborador” ou “mainstream”? Essas palavras estão tomando conta das corporações, mas não apenas estes termos em especial, e sim uma gama de neologismos, cada vez mais comum entre as empresas. Essas palavras, muitas vezes, representam termos específicos, ações ou conceitos novos que mostram um processo dentro da empresa que ainda não havia sido nomeado, por isso, há o “boom” desses termos aqui no Brasil.

 Os motivos para criação e adoção dessas palavras podem ser variados, e muitas vezes acabam sendo uma forma de eufemismo ao substituir um termo antigo por um novo, como no caso de “colaborador”, o novo empregado. "Trata-se de uma sinalização de que o modelo de gestão mudou. É o que acontece quando dizem que uma empresa não tem chefes, mas, sim, líderes. O líder tem que cuidar das pessoas", afirma o professor da Fundação Getulio Vargas, João Baptista Brandão

Muitos desses neologismos derivam de palavras de outras línguas, como “briefing” e “mainstream”, ou “brainstorm” e “deadline”, comuns entre os publicitários e marketeiros. Esses termos são volúveis e passageiros, logo serão substituídos por novos.

 E mesmo de uma corporação para outra, vemos distinção nos termos, e isso muitas vezes resulta em confusão por parte dos mais novatos. Resta saber se esse neologismo empresarial irá se perpetuar, ou se ele terá um fim, o que é pouco provável. 




segunda-feira, 15 de abril de 2013

Jack Dorsey, co-fundador do Twitter, faz palestra na FGV-EAESP

A FGV-EAESP teve o orgulho de sediar a palestra #TwitternaGV, com um dos fundadores do Twitter, Jack Dorsey, na última quinta-feira, 11. O bate- papo aconteceu no salão nobre da Fundação, onde Jack Dorsey respondeu às perguntas de alunos e jornalistas que estavam presentes no local. Bem humorado, o empresário americano falou sobre sua carreira, a trajetória do Twitter como empresa e sobre as novidades do Vine.

 Entre as primeiras perguntas destinadas a Dorsey, estava uma dúvida marcante entre suas redes, o porquê do limite de apenas 140 caracteres para o tweet. "As limitações estimulam a criatividade das pessoas. Com pouco espaço, você vai escolher o que pode falar de melhor naquele momento", afirmou Dorsey, que usou da mesma lógica para justificar o fato do Vine aceitar apenas 6 segundos de vídeo. "Quando lançamos o Vine, estávamos pensando em vídeos que pudessem ser assistidos pelo celular. A equipe tinha em mente que 5 segundos era pouco e 10 segundos seria tempo demais. Então, fechamos em 6 segundos, que consideramos um tempo bom.

Dorsey falou sobre o Brasil e suas expectativas para o país quando chegar a Copa do Mundo e Olimpíadas. "Os brasileiros influenciam o mundo todo. O comportamento do internauta do Brasil acaba chegando a outros países", afirmou o americano, relatando que o mundo quer saber sobre o que pensa o brasileiro.

Voltando ao Twitter, ele fala com orgulho sobre a acessibilidade de sua rede, explicando que um dos principais fatores que fizeram da rede social um sucesso é o fato dela não fazer restrições às pessoas. Com isso, qualquer um que tenha algo a relevante a falar, poderá ser ouvido. “Não importa quem você é nem de onde vem, só importa a sua ideia”. Para finalizar, Dorsey foi questionado sobre o temor do Twitter em relação ao Facebook, rejeitando qualquer tipo de receio, pois afirma que as duas redes são muito distintas. Enquanto o Facebook é social, o Twitter procura a relevância. “Eu acordo pela manhã e a primeira coisa que eu faço é olhar no Twitter para saber o que está acontecendo no mundo”.

Para justificar essa afirmação Dorsey diz que qualquer um pode seguir, por exemplo, Barack Obama, presidente dos EUA, e saber diretamente dele o que está acontecendo na Casa Branca.

As oito saúdes

Chavões do tipo “dinheiro não é tudo na vida” e “o importante é ter saúde” são clássicos da vida, e até fazem certo sentido. Embora dinheiro e saúde sejam aspectos importantes para se levar uma vida, existem outros itens bem relevantes, que devem ser levados em conta na hora de balancear suas atividades e rotinas. É o que os especialistas em inteligência emocional chamam de “as oito saúdes”. Conheça todas elas, a seguir, e descubra como isso pode melhorar a sua vida:

1. Saúde Física 

 É o cuidar do corpo. A saúde como nós conhecemos. Se alimentar bem, praticar exercícios físicos e visitar o médico para fazer um check-up são exemplos de como manter essa saúde em dia. Atividades físicas rotineiras são prazerosas e estão ligadas ao lado emocional.

 2. Saúde Espiritual 

Ansiedade e angústia podem ser sintomas de que essa saúde não anda bem. Independente de crença religiosa, é bom cuidar da espiritualidade. Meditação, ioga, participar de algum culto religioso ou até tirar um tempo para refletir são maneiras de cuidar dessa saúde.

 3. Saúde Intelectual 

Excesso de preguiça e falta de novas ideias são fatores que desandam a saúde intelectual. Pratique uma boa leitura, exercite o cérebro com jogos inteligentes e mantenha-se bem informado.

 4. Saúde Profissional 

 Aqui, são problemas a falta de estímulos no trabalho e a má vontade na hora de trabalhar. Alinhe seus objetivos com os objetivos da empresa e busque ser proativo no trabalho. Se nada disso o animar a trabalhar, procure outro emprego.

 5. Saúde Financeira 

 Muitas pessoas podem confundir saúde financeira com profissional. Se você está gastando demais e administrando mal o seu salário, seu problema é de saúde financeira e não profissional. Se você compra algo e já se desespera em como irá pagar, você precisa repensar sua educação financeira. Segundo Fábio Gallo, professor de Finanças da FGV-EAESP, ter uma boa saúde financeira está atrelado ao fato de poupar, estar preparado para emergências e consumir com prazer – claro, sem o risco de não conseguir pagar depois.

 6. Saúde Familiar

A saúde familiar está relacionada com a boa relação pessoal com filhos, pais e irmãos. Até mesmo com parentes um pouco mais distantes. O importante é manter bom relacionamento e não abusar de meios impessoais no contato com eles (como e-mail, telefone, sms).

7. Saúde Social 

 Preserve amizades antigas e verdadeiras. Outra maneira de ter uma boa saúde social é fazer trabalho voluntário. Lembre-se: independência em excesso pode virar solidão.

8. Saúde Ecológica 

Práticas inteligentes garantem um futuro melhor para todos. Não negligencie sua saúde ecológica. Tome banhos mais curtos, jogue lixo no local certo e consuma com responsabilidade. São pequenas atitudes, mas que garantem um ótimo retorno para sua saúde.



 Fonte imagem: http://www.sxc.hu/photo/1031935


sexta-feira, 12 de abril de 2013

Inovação e sustentabilidade caminham juntas

Sustentabilidade é a palavra do momento no mercado. Empresas e consumidores estão cada vez mais atrelando seus hábitos de compra e venda a esse conceito. As práticas realmente sustentáveis das empresas requerem grandes mudanças de hábito, processos, produção e até fornecedores. Ou seja, adequar sua empresa ao conceito de sustentabilidade requer inovação. É isso que afirma a tese de doutorado que Luciana Hashida defenderá, na Escola de Administração da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). Luciana também é gerente de gestão e redes de inovação da Natura, e pretende apresentar números e dados da própria empresa para comprovar sua tese, como a estratégia da Natura de destinar de 2,5% a 3% de sua receita líquida anual em inovação, com um departamento com cerca de 400 pessoas empenhadas nesse objetivo.

A empresa é uma das mais conceituadas nesse critério, tendo investido pesado em reduzir produtos de origem animal. "Foram dados passos graduais ao longo do tempo, e hoje chegamos a um índice de mais de 80% de vegetalização das nossas fórmulas", afirma Luciana. A Natura é uma das pioneiras no mundo a produzir sabonetes a base de óleo vegetal. Luciana diz, ainda, que é impossível criar ou adequar produtos para menor impacto ambiental sem grandes esforços em inovação.

 “Na área de processos, eles investigam como criar um produto com matéria-prima renovável e que esse fluxo seja sustentável, enquanto em embalagem eles já observam o ciclo de vida completo. Assim, inovação e sustentabilidade andam juntas, comprovando uma tese que tem sido muito discutida na academia. Ou seja, no nascimento dos produtos ambos estão ligadas e se relacionam", afirma ela, que espera obter sucesso em sua tese na FGV-EAESP.

 Fonte imagem: http://www.freegreatpicture.com/fun-business/interesting-material-of- commerce-28831




quinta-feira, 11 de abril de 2013

O plano que combina diferentes fontes de financiamento

O anúncio do plano “Inova Empresa”, do Governo Federal, já citado nessa semana pelo blog da EAESP, foi recebido com alegria e entusiasmo pelas empresas de tecnologia e aspirantes a empreendedor. Um investimento no valor total de R$32,9 bilhões, o Governo Federal pretende elevar os investimentos em inovação e tecnologia. Desse montante, R$28,5 bilhões são investimentos diretos do Governo Federal e R$4,4 bilhões são de instituições parceiras, como a Agência Nacional de Petróleo, Agência Nacional de Energia Elétrica e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

 Os destinos dessa verba serão as linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Outra parte do valor será repassada a fundos para centros de pesquisa associados a grandes empresas e para projetos diretamente ligados à área da tecnologia, e ainda existe uma parcela reservada para que o governo compre participação acionária em empresas ligadas à inovação. A principal diferença do “Inova Empresa” é a centralização dele em um único ministério, além do fato de ele permitir combinação entre mais de um tipo de financiamento. O objetivo, com isso, é ampliar a inovação entre as empresas.

 Mas é necessário que os empresários cumpram sua parte do negócio. "Na média, as empresas brasileiras ainda investem pouco", lembra Luiz Carlos Di Serio, professor da FGV-EAESP e coordenador-adjunto do Fórum de Inovação da Fundação Getulio Vargas. É exatamente esse cenário que o Governo Federal pretende mudar com o novo plano.

 Fonte imagem: http://www.freegreatpicture.com/fun-business/interesting-material-of- commerce-28751




Estudantes da FGV-EAESP oferecem assessoria a negócios em comunidade carente de SP

Dentro da grade do Mestrado Profissional em Gestão Internacional FGV- EAESP, existe uma disciplina eletiva chamada Negócios de Impacto Social (NIS). Trata-se de uma iniciativa na qual os estudantes da EAESP procuram aprender mais sobre como os negócios podem influenciar comunidades e o lugar onde estão situados.

A ideia do professor Edgard Barki, que coordena o curso, foi trazer essa realidade para mais perto desses estudantes. Ao invés de cursar a disciplina social de dentro de uma sala, Barki levou o grupo de 20 alunos de Administração para uma assessoria a outros 20 jovens da comunidade do Heliópolis. Esses jovens da comunidade são responsáveis por coordenar por seis projetos locais do bairro.

"Queríamos uma disciplina inédita, que não fosse apenas teórica", afirmou o professor Edgard Barki, coordenador do MPGI da FGV-EAESP. O projeto faz com que os alunos da GV ajudem a impulsionar os negócios locais de moradores a comunidade, como uma rádio comunitária, um pet shop, um loja de artigos de gesso, um depósito de materiais de construção, uma bombonieri e um minimercado.

 A iniciativa da Fundação Getulio Vargas é relevante não só por impulsionar negócios locais de comunidades carentes, mas também por oferecer experiência prática para os estudantes do curso. "Eles conseguem aplicar o que estudaram em um campo no qual não estão acostumados a trabalhar, em um local diferente das empresas que eles conhecem", ressaltou Barki. O projeto conta com parceria da Artemisia e da Coca-Cola.

Assista o vídeo do projeto: http://goo.gl/M0wn5


Fonte imagem: http://www.corbisimages.com


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Jovem empreendedor deve buscar mentor

Sonho de 6 em cada 10 jovens brasileiros, ter a própria empresa tem se tornado um objetivo cada vez mais plausível nos dias atuais. O empreendedor juvenil sonha alto, tem boas ideias, tem facilidade de captação de recursos e é desprendido de algumas responsabilidades que o impediriam de investir tempo e dinheiro nisso. Assim, o jovem tem abandonado o desejo de seguir carreira empresarial para sonhar e empreender. Mas uma questão importante surge nesse momento é: esse empreendedor não deveria optar por conseguir experiência antes de se aventurar a abrir o próprio negócio?

 Quem responde essa pergunta é Tales Andreassi, professor e coordenador do Centro de empreendedorismo da FGV-EAESP. Em texto próprio, ele afirma que essa pergunta não é trivial. Mesmo sem experiência, o jovem não tem muito a perder, por ter poucos compromissos financeiros. Além disso, o professor destaca que se o jovem empreendedor realmente acredita na própria ideia, não tem tempo a perder sentado numa cadeira de empresa. A dica que o professor Andreassi dá a esse grupo é que procurem oportunidades efetivas, não percam chances de pesquisar com o público-alvo e busquem mentores, empresários experientes que auxiliem na gestão do negócio e na formação de uma boa rede de contatos. Isso é fundamental para o sucesso de qualquer negócio.

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terça-feira, 9 de abril de 2013

Inovação deve ser regra básica da economia brasileira

A inovação deve ser preceito básico para qualquer empresa, principalmente no ramo da tecnologia, industrial e de serviço. Mas não é exatamente isso que acontece no Brasil atualmente. No último ranking de inovação do World Economic Forum, o Brasil amargou a 49ª posição, ficando atrás de países como Chile, Azerbaijão e Malta. Muitos são os motivos que levam o Brasil a estar numa posição nada confortável nesse quesito. Entre eles, alta carga tributária, desperdício de gastos públicos, falta de infraestrutura logística, alta burocracia para abrir empresa e má qualidade no ensino de matemática e ciências. "São fatores que inibem o empreendedor. A análise da competitividade tem de ser mais ampla", afirma Luiz Carlos di Serio, especialista em inovação e competitividade da FGV-EAESP.

 Não é à toa que o Governo Federal lançou o plano Inova Empresa, um pacote de estímulos com recursos de R$32,9 bilhões, que serão destinados à produtividade da indústria e inovação tecnológica. A intenção é justamente aumentar o poder de inovação do mercado brasileiro. "Ao beneficiar segmentos da economia, o Brasil dá passos importantes para construir sua política industrial, uma discussão que se arrasta há décadas", afirma o professor da EAESP. Serio destaca, ainda, que o país é um terreno fértil para novidades de diversos setores, pois o consumidor já está adaptado a esse cenário de inovação e clama por novidades realmente interessantes. Resta agora esperar para sentir os efeitos desse novo plano.

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segunda-feira, 8 de abril de 2013

A importância de olhar para os profissionais mais velhos

Muito se fala sobre o profissional jovem, sua criatividade, inovação e como é difícil encontrá-lo no mercado. Mas as empresas estão se tornando obcecadas por esse perfil e se esquecendo da importância que tem uma outra faixa etária: os mais velhos (com mais de 40 anos).

Esses profissionais são importantes por terem mais experiência, por isso, geralmente conseguem tomar as melhores decisões nos momentos decisivos, estão mais acostumados à pressão, conseguem identificar problemas e fazer diagnósticos com mais facilidade. Além disso, um dos fatores mais determinantes nessa faixa etária é o fato deles não serem tão tentados a entrar no processo de rotatividade entre empresas, muito comum entre os mais novos.

 Um estudo feito pela PwC, em parceria com a Escola de Administração da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP), afirma que o Brasil ainda não está pronto – nem em viés de se preparar – para a inversão da pirâmide etária que já está se encaminhando no país. Isso porque a expectativa de vida aumentou, ao passo que a taxa de natalidade caiu, um cenário comum em países mais desenvolvidos, que agora começa a se manifestar no Brasil. As empresas precisam estar preparadas para essa fase cada vez mais real. Alguns motivos que levam as empresas a não acreditarem nesses profissionais vêm da percepção de que eles se acomodam com a proximidade da aposentadoria, a falta de flexibilidade desses profissionais com as mudanças no trabalho e, o principal motivo, esses profissionais são relativamente mais caros que os mais novos. Com exceção ao último, esses motivos podem ser desmistificados com o tempo e as empresas vão poder valorizar esses trabalhadores como se deve. Afinal, com o tempo, eles farão parte da grande mão de obra disponível no mercado. 

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sexta-feira, 5 de abril de 2013

CEOs lançam livro baseado em suas vidas para inspirar os outros

Moisés Fry Sznifer e Luiz Carlos Cabrera são professores da FGV-EAESP e CEOs de respeitáveis empresas do ramo comercial. Juntos, eles criaram e coordenam um programa de autoconhecimento voltado para pessoas com cargos de alta hierarquia nas organizações, intitulado Delphos. O programa, que já chega a sua sétima edição e conta com o apoio da FGV, baseia-se em dinâmicas e debates conduzidos por profissionais de extrema competência em suas áreas. Nessas reuniões, os executivos contam histórias que explicam como eles lidam com certos aspectos da vida. "Nesses encontros, não há palestrantes. O que temos são facilitadores; os participantes são os protagonistas", diz Sznifer.

 A partir dessas reuniões, Sznifer percebeu que as conversas eram inspiradoras e faziam com que as pessoas tocassem a consciência e compreendessem pontos negativos de seu comportamento que possivelmente estivessem afetando seu trabalho. Com base nessa percepção do quão inspirador eram essas histórias, Sznifer teve uma ideia. Juntou-se com Rea Dennis, professora PhD em teatro e dramaturgia com mais de 20 anos de experiência em storytelling, e juntos começaram a escrever um livro baseado nas histórias de 30 CEOs que se disponibilizaram a narrar os momentos mais marcantes de suas vidas. O livro entitulado "Pessoas Extraordinárias e suas Incríveis Histórias" foi recém-lançado para o público e tem como objetivo inspirar as pessoas, assim como acontece nas reuniões da Delphos, mas com caráter mais amplo e acessível.

O livro foi escrito com base na pergunta "Qual é a memória emocional que você tem e de qual nunca se esquece?”. Assim, as histórias foram sendo contadas e o livro pôde ser escrito. "O conteúdo das histórias do livro é de cada um dos participantes; o que eu fiz foi transformá-las em identidades narrativas", diz Sznifer.



quinta-feira, 4 de abril de 2013

Instabilidade dos fundos de previdência em fevereiro

Em fevereiro, houve a ruptura nas expectativas sobre a manutenção dos juros no Brasil. Isso justifica a patinada que aconteceu nos fundos de previdência no mês. Essa queda inesperada aconteceu quando os fundos de investimento mostravam suas melhores marcas, e justamente os fundos que vinham de maior alta, foram os que sofreram maior queda no mês, mas nada que prejudicará o balanço positivo, principalmente nos fundos a longo prazo.

 O grande problema das cadernetas e fundos de previdência foi a taxa de juros. E com a queda da inflação em 2013, os investidores devem ficar atentos, pois os papéis mais curtos tendem a ficar na zona de neutralidade: serão beneficiados com a curva dos juros nominais menos volátil, mas prejudicados pela possível queda da inflação esperada de curto prazo.

 Os especialistas afirmam veementemente que não é hora de desanimar e é preciso investir. O pessimismo de fevereiro dificilmente irá se repetir durante os próximos meses e a maré, como um todo, é favorável para o brasileiro que deseja investir em fundos de pouco risco.

 William Eid Junior, professor da FGV-EAESP, afirma que o atual momento requer do investidor uma certa tolerância ao risco. Ele diz que o investidor não encontrará opções melhores em outros fundos de investimento, mas caso esse seja o desejo, Eid reforça a necessidade de análise consistente de resultados. "Para avaliar a qualidade da gestão, não basta comparar o retorno acumulado em um período longo, porque o gestor pode ter conseguido um resultado excepcional em um determinado ano que acabou compensando as perdas nos outros períodos", afirma o professor.

 De modo geral, os títulos mais longos não vão gerar perdas, pois essa queda momentânea tende a ser suprida por ganhos posteriores e passados.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Gerente de projetos, o profissional que todos querem

Com a iminência da Copa do Mundo e depois as Olimpíadas, o Brasil é um grande canteiro de obras. Cidades-sede correm para adequar aeroportos, ampliar linhas de metrô e reestruturar áreas nos arredores dos estádios, sem contar que os próprios estádios, mesmo os que são da iniciativa privada, precisam ser construídos ou ao menos passar por reformas. É um cenário como esse que o gerente de projetos encontra no Brasil atualmente; um solo fértil, repleto de possibilidades. Segundo estima o Project Manegement Institute (PMI), o Brasil é o quinto país do mundo em termos de demanda por profissionais dessa área. Os salários variam de R$8.000 a R$18.000, em média.

 Os profissionais desse ramo precisam possuir conhecimentos na área de projetos muito afiados. Eles são os responsáveis por garantir que tudo será entregue no prazo, dentro do orçamento previsto, utilizando os recursos corretamente e com o mínimo de risco possível. Em outras palavras, o bom gerente de projetos é aquele que organiza e intermedia todas as entregas e prazos, conversa com fornecedores e garante que tudo estará no prazo e preço correto.

 Sabendo da importância desse profissional, a Rolls-Royce firmou parceria com a Universidade de Manchester para trazer ao Brasil um programa de capacitação para esses profissionais. O Brasil é o terceiro país a receber esse programa, os outros foram Estados Unidos e Singapura. As aulas serão iniciadas em 2014 e a universidade inglesa já está negociando com escolas brasileiras – entre elas a Fundação Getulio Vargas – para sediar o curso. Um bom negócio para você que quer se especializar ou entrar na área.



terça-feira, 2 de abril de 2013

Fundos de Private Equity criam comitês de compliance

 Os fundos de investimentos de Private Equity brasileiros, quando se situaram no Brasil, faziam uma pequena exigência que parecia justa na época: a criação de um comitê de investimentos, no qual os cotistas tinham participação nas decisões de investimento do fundo. Na época, os gestores aceitaram, afinal, que era um preço baixo para se pagar em troca de receber uma fatia de investimento do fundo. Mas hoje, esse modelo começa a ser questionado.

 A argumentação do questionamento é simples: em teoria, o gestor deveria ter autonomia e olhar clínico para decidir em quais ativos investir. Outro ponto é que participar das decisões implica em ter que lidar com a responsabilidade das consequências e esse é um risco que o estrangeiro, principalmente, não quer correr.

 Como em todas as situações, cada um dos lados possui suas vantagens e falhas. O comitê de compliance, formado exclusivamente por gestores, pode dinamizar muito os processos de aprovação de investimento e acabar com as discussões e indecisões que os comitês de investimentos vivem tendo por motivos de divergência de opiniões dos cotistas. Enquanto os cotistas podem possuir muito mais experiência de mercado e tato para perceber quando o investimento poderá resultar em prejuízo para o fundo.

 Mas esse último só se aplica caso os cotistas realmente sejam qualificados. Do contrário, o comitê de compliance passa a ser mesmo a melhor opção: “Nesse caso, dar liberdade para o gestor e apenas monitorar o processo de investimento deixaria o fundo mais eficiente", conclui Cláudio Furtado, professor da FGV- EAESP e fundador do Centro de Estudos em Private Equity e Ventare Capital (GVcepe).



segunda-feira, 1 de abril de 2013

Como escolher o MBA em Administração certo

 Seja no Brasil ou no exterior, o momento de escolher o MBA em Administração é sempre delicado. São diversas opções de cursos, instituições e preços. E tendo em vista o valor do investimento, é fundamental montar um plano corretamente para não desperdiçar esse dinheiro. Pra começar a falar sobre a questão de viabilizar o pagamento desses cursos, existem diversas maneiras de financiar um curso de MBA em Administração, entre elas o financiamento bancário que funciona como um empréstimo bancário, com prazos longos para pagamento e uma taxa de juros aceitável.

 O mais importante é que o aspirante ao MBA em Administração planeje com consciência para não investir erroneamente em um curso que não entregue os conhecimentos que ele gostaria de receber e não agregue valor em nada do que ele já sabia. No momento de escolher o curso de MBA em administração, algumas perguntas chave podem definir se o curso escolhido é o correto. “Quero atuar em qual área depois de terminar o MBA em administração?”, “O currículo desse MBA em Administração se ajusta as minhas necessidades?” e “Minha empresa contrataria um aluno graduado neste curso de MBA em Administração?” são as principais delas na hora de escolher o MBA em Administração.

 Outras discussões existem sobre a necessidade de fazer MBA em Administração no exterior. Hoje, o Brasil oferece uma quantidade considerável de bons cursos de MBA em Administração com experiência internacional. "Há uma diferença entre o profissional que quer seguir uma carreira de expatriado e aquele que quer obter uma experiência globalizada. É possível conseguir unia vivência global fazendo um curso de MBA em Administração no Brasil, com módulos de intercâmbio fora do país e com professores de outras nacionalidades", diz Renato Guimarães Ferreira, coordenador do curso CEAG da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP).

 Fazer um MBA em Administração é um momento decisivo na carreira de um profissional, mas como já dito, é necessário planejamento. Fazer o famoso “pé- de-meia” sempre pode ser uma opção válida. Juntar dinheiro durante alguns meses em uma caderneta de poupança ou Tesouro Nacional podem ajudar e muito a pagar o seu MBA em Administração.