quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Economia não vive só de estímulos


Desde o início de 2009, quando a crise econômica se espalhava pelo mundo como uma moléstia contagiosa, a impressão é de que os países, principalmente os mais afetados pela turbulência financeira, não reagiram bem aos estímulos fiscais e monetários. No Brasil por exemplo, o crescimento tem oscilado bastante nesse período, reflexo das incertezas externas. Ainda sim, o Brasil se encontra em uma situação melhor do que a média global.

O crescimento de 2012 foi considerado bastante fraco, e as projeções, alteradas incansavelmente ao logo do ano, bateram a marca de 1%. Isso é fruto dos estímulos fiscais oferecidos pelo Governo a partir de 2010, juntamente com a irresponsabilidade bancária na oferta de crédito. “Enquanto os efeitos negativos dos estímulos não forem removidos, agentes produtivos e consumidores aguardarão os sinais do crescimento. A boa notícia é que essa fase está próxima do fim. O ano de 2013 será marcado pelo início da retomada do crescimento baseado, principalmente, na força dos novos investimentos”, diz Ernesto Lozardo, economista da FGV-EAESP.

Mesmo assim, nem tudo está seguro para esse novo Brasil que está se despontando no cenário internacional. A falta de projetos que completem e coordenem todos os setores que ganham demanda, como tecnologia e indústrias de base, não estão sendo eficientes. Falta formação para uma mão-de-obra especializada que o país necessita e demandará em um futuro próximo. Caso isso não ocorra, a economia brasileira perderá em competitividade e poderá frustrar os interesses de investidores nacionais e internacionais.

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