quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Expansão por vias de crédito


O Brasil já é um dos 20 países que mais consomem produtos e serviços no mundo. Em 2011, a nova classe média, composta por mais 37 milhões de pessoas, gastou o montante de R$ 975 bilhões de reais. Uma pessoa é classificada dentro da classe média no Brasil quando possui uma renda entre R$ 291 e R$ 1.019 por mês – o que pode parecer pouco, mas pesquisas mostram que aproximadamente 54% da população apresentam uma renda inferior a esse número.

Mesmo com esse cenário aparentemente animador, dados do BC (Banco Central) elencam que boa parte da população dessa nova classe média ainda está distante do sistema financeiro nacional e que de cada dez operações de crédito realizadas em 2011, oito foram no mundo informal – isso é relevado pelo perfil da nova classe média empresarial, formada por negros (80%), jovens (55%) e mulheres (35%). Deve haver um esforço dos empreendedores para a formalização, defende o Sebrae.

Para promover uma maior inclusão financeira, uma das maneiras é incentivar a adoção de pagamentos eletrônicos por meio de telefones celulares (mobile payment). Para Eduardo Henrique Diniz, professor da FGV-EAESP e pesquisador do Centro de Estudos em Microfinanças da Fundação Getulio Vargas (GVcemf), o incremento dos gastos em tecnologia das famílias de classe média no Brasil aponta que os meios de pagamentos móveis podem ser uma boa solução a curto prazo. "Podemos dizer que a inclusão social é também inclusão digital e financeira", concluiu Diniz.

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