terça-feira, 13 de novembro de 2012

Amadurecimento do mercado brasileiro


Mesmo com a diminuição da internacionalização das empresas brasileiras nos últimos dois anos, um estudo da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) revela que não houve desinvestimento. Agora, a maior parte do capital que entra no País enviado por empresas brasileiras chega como empréstimos intercompanhias.

Esses recursos não estão indo apenas para o mercado financeiro. De acordo com Maria Tereza Fleury, diretora da FGV-EAESP, isso tem a ver com o aquecimento do mercado interno, com abertura de plantas, principalmente nos setores de alimentos, recursos naturais e bens de consumo.

Essa tática de reingresso de fundos não está sendo aplicada apenas pelo mercado nacional. Fleury afirma, baseada em dados da agência das Nações Unidas para comércio e desenvolvimento – Unctad – que as estatísticas apontam que, desde o ano retrasado, os países emergentes já representavam aproximadamente metade do investimento direto no mundo, mesmo com a crise, que, aliás, não impediu que as companhias brasileiras melhorassem seu desempenho no exterior. "O que está ocorrendo agora reflete o amadurecimento das empresas brasileiras, no sentido de saber que a competição global vem se ampliando e é preciso enfrentá-la para valer", explica a diretora da FGV-EAESP.

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